Nikolai Patrushev insistiu que os objetivos da Rússia na Ucrânia são "defender as pessoas do genocídio levado a cabo pelo regime neonazi ucraniano, desmilitarizar e desnazificar o território ucraniano para conseguir um estatuto de neutralidade".
O secretário do Conselho de Segurança da Rússia, Nikolai Patrushev, disse esta terça-feira que os objetivos da "operação militar especial" na Ucrânia vão cumprir-se apesar do "aumento" da ajuda militar estrangeira ao governo de Kiev.
"Apesar do auxílio militar dos Estados Unidos e do 'Ocidente' à Ucrânia, dos aumentos de abastecimento de armamento letal, os objetivos (da "operação") vão ser cumpridos", disse Patrushev, numa reunião sobre segurança nacional na cidade de Khabarovsk, no extremo oriental do país.
Em declarações citadas pela agência Interfax, Patrushev insistiu que os objetivos da Rússia na Ucrânia são "defender as pessoas do genocídio levado a cabo pelo regime neonazi ucraniano, desmilitarizar e desnazificar o território ucraniano para conseguir um estatuto de neutralidade".
Na mesma intervenção, Patrushev atacou os Estados Unidos, que acusou de "apostar no enfraquecimento e opressão da Rússia em prol de seu domínio e da preservação da superioridade político-militar que obteve no final do século passado".
Sobre a situação nas fronteiras orientais da Rússia, o mesmo responsável disse que se verifica o "aumento da presença militar dos Estados Unidos e aliados de Washington na região do Ártico e na região Ásia Pacífico".
O secretário do Conselho de Segurança russo referiu-se igualmente às sanções contra as empresas do setor energético do país.
As sanções, afirmou, mostraram "a dependência do setor da energia russo em relação às tecnologias, equipamentos e programas informáticos estrangeiros".
"Por isso, é necessário garantir a breve prazo a independência das importações em atividades críticas para o funcionamento estável do setor da energia e dos combustíveis", afirmou.
A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia, que já matou perto de 5.000 civis, segundo dados da ONU, que sublinha que os números reais podem ser muito superiores. A guerra obrigou ainda à fuga para o estrangeiro de mais de 7,2 milhões de pessoas.
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