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André Martins

Japão enfrenta real dilema com a falta de herdeiros ao trono

A família imperial japonesa enfrenta a possibilidade de extinção devido à falta de imperadores elegíveis e as ideias para contornar o problema, apesar de populares, parecem fora de hipótese.

Se as regras não mudarem, o príncipe Hisahito (à esq.), ao lado do pai Akishino e da irmão Kako, irá suceder no trono ao tio Naruhito.


Com as mulheres excluídas do trono em resultado das regras da sucessão, o lugar do imperador Naruhito, de 61 anos, será um dia preenchido pelo sobrinho, o príncipe Hisahito, em vez do seu único descendente, a princesa Aiko. Mas se Hisahito, de 15 anos, não vier a ter um filho varão, a família real, cuja história remonta a mais de 2600 anos, ficará sem herdeiros masculinos para continuar a linhagem.


As sondagens mostram que os japoneses apoiam de forma generalizada a ideia de uma mulher assumir o papel de imperatriz, um cargo que não detém qualquer poder político desde a adoção da Constituição após a Segunda Guerra Mundial, mas de enorme importância simbólica.


A pressão dos deputados e eleitores conservadores, que veneram a família real como o exemplo perfeito de uma família patriarcal japonesa, faz com que a sucessão feminina seja improvável em breve.

"Penso que a opinião pública está a perguntar-se o que há de errado com a princesa Aiko ascender ao trono."

As autoridades estão a refletir sobre possíveis soluções para o dilema, e há duas semanas um grupo de trabalho designado pelo governo apresentou duas sugestões. Uma é permitir que as mulheres da realeza mantenham o título e deveres públicos quando se casam fora da família. Atualmente, devem deixar a família, como fez a ex-princesa, Mako, em outubro, depois de se casar com o namorado. A segunda é permitir que os homens de 11 antigos ramos da família real, abolidos nas reformas do pós-guerra, regressem à linha direta.

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