Ford, General Motors, Toyota e Stallantis têm sofrido com o bloqueio de camiões por parte dos canadianos que protestam contra as restrições da covid-19.

O bloqueio de camiões por parte dos canadianos que protestam contra as restrições da covid-19 está a criar problemas na indústria automóvel, forçando a Ford, a General Motors e outras multinacionais a encerrar fábricas ou a reduzir a produção.
A demonstração de camiões do autoproclamado 'Freedom Convoy' (Comboio da Liberdade, em português) entrou no seu quarto dia esta quinta-feira na Ambassador Bridge que lia Windsor (Ontário) a Detroit (estado norte-americano do Michigan), interrompendo o fluxo de peças de automóvel e outros produtos entre os Estados Unidos o Canadá.
Com o aumento da pressão política e económica, o presidente da câmara de Windsor, Dre Dilkens, anunciou que a cidade vai procurar agir judicialmente para terminar com a ocupação de dezenas de camiões. "O dano económico não é sustentável e deve acabar", disse.
A governadora do Michigan, Gretchen Whitmer, pediu às autoridades canadianas para resolverem rapidamente o impasse.
"Está a atingir os salários e as linhas de produção. Isso é inaceitável", avisou.
Esta quinta-feira a Administração Biden instou o Governo do Canadá a usar os seus poderes federais para acabar com o bloqueio dos camiões.
Num comunicado, a democrata Gretchen Whitmer sublinhou que a paralisação do tráfego naquela passagem está a ter "um impacto significativo" para os trabalhadores do Michigan e que os setores automóvel, industrial e agrícola "estão a sentir os efeitos".
A ponte Ambassador liga a cidade de Windsor, no Canadá, e Detroit, a maior cidade do estado norte-americano do Michigan (centro-oeste) e é a travessia terrestre mais importante entre os dois países.
Por esta ligação circulam diariamente cerca de 400 milhões de dólares em mercadorias, um terço do comércio entre os dois países e dezenas de milhares de pessoas.
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