Na famosa obra de arte de Delacroix, Marianne é a mulher com os seios à mostra que, enquanto carrega a bandeira de França, guia o povo sobre os corpos derrotados.
Um grupo de artistas parisienses pretende 'atualizar' a Marianne, a famosa figura feminina retratada na pintura que há mais de 200 anos é uma referência da Revolução Francesa, para torná-la mais representativa do país atual.
Com recurso a algoritmos e milhares de fotos de mulheres que receberam espontaneamente, o coletivo Obvious Art quer criar uma nova Marianne, nome que é atribuído à mulher que encarna os valores da República 'Liberdade, Igualdade e Fraternidade' na pintura "La liberté guidant le peuple" ("A Liberdade Guiando o Povo") de Eugène Delacroix.
"A atual Marianne não nos incomoda em nada, mas se é possível fazer algo mais representativo do país e mais participativo, vemos como mais interessante" - defendeu Pierre Fautnel, um dos três artistas que promovem a iniciativa artística "Nous sommes Marianne" ("Nós somos Marianne").
Na famosa obra de arte de Delacroix, Marianne é a mulher com os seios à mostra que, enquanto carrega a bandeira de França, guia o povo sobre os corpos derrotados.
Este movimento quer apresentar no final de abril ou inicio de maio a imagem renovada da mulher que simboliza a França e cuja presença, em busto ou corpo inteiro a utilizar um gorro vermelho, que era habitualmente usado durante a Revolução Francesa, está em todos os edifícios oficiais de França.
Até agora, mais de 5.000 mulheres já enviaram a sua fotografia. As inscrições são válidas para mulheres a partir dos 18 anos.
Muitas mulheres, atrizes em particular, já emprestaram o seu rosto a este símbolo de França. Brigitte Bardot, Michèle Morgan, Mireille Mathieu, Catherine Deneuve, Inès de la Fressange, Laetitia Casta e Evelyne Thomas interpretaram sucessivamente Marianne. Em 2003, de acordo com o jornal Sud Ouest, a Associação de Presidentes da Câmara de França queria que o símbolo da República deixasse de ser encarnado por uma personalidade.
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